Um blog sobre as minhas experiências, e os meus conhecimentos sobre a Diabetes, e outros temas relacionados com a saúde.
"A palavra magica para quem tem medo da Diabetes (T2, ou complicações da T1) é a prevenção"
sábado, 31 de dezembro de 2011
Hiperglicémia
Uma hiperglicémia é o oposto de uma hipoglicémia, ou seja é quando tem os níveis de açúcar muito elevados. Uma pessoa quando tem uma hiperglicémia, pode sentir mais cansaço ou mais sede do que o normal, mas estes sintomas não são tão obvios como quando se tem uma hipoglicémia. No entanto, se tiver uma hipoglicémia por falta de insulina, poderá se sentir indesposto, por causa do aumento do nível de corpos cetónicos no sangue.
Uma glicémia que esteja temporariamente elevada não necessita de qualquer tratamento de emergência, mas se estiver alta em controlos repetidos, deve ver se possível, a existência de corpos cetónicos no sangue ou na urina. Poderá acrescentar mais 1 ou 2 unidades de insulina ultra-rápida, ou rápida para corrigir os níveis de açúcar.
Se os níveis de açúcar continuarem altos durante algum tempo e se existirem corpos cetónicos no sangue e na urina, poderá ser porque o nível de insulina esteja muito baixo. Se apesar de ter aumentado a dose insulina e continuar com corpos ceónicos no sangue e na urina, é melhor contactar o hospital ou especialista de diabetes, pois se o nível de corpos cetónicos no sangue esteja acima de 3 mmol/l ou persistirem na urina, correrá o risco de desenvolver cetoacidose.
Muitas pessoas pensam que exercício físico é uma maneira de abaixar os níveis de açúcar (até eu pensava isso quando era mais nova) mas sem insulina no corpo só faz aumentar cada vez mais o açúcar no sangue. Isto deve-se ao facto do corpo estar a trabalhar e necessitar de energia (açúcar) e então o figado começa a libertar açúcar para o sangue. Sem insulina não há maneira de esse açúcar entrar para as células, então o resultado será aumentar ainda mais os níveis glicémicos e produzir mais corpos cetónicos.
Se tiver os níveis glicémicos elevados por bastante tempo, isto irá contribuir para as inumeras complicações que a diabetes pode vir a trazer. Algumas dessas complicações têm a ver com o cérebro, a retina, os rins, o coração, entre outros.
Depois de ter tido uma glicémia elevada, tal como numa hipoglicémia, deverá tentar descobrir o porquê, e apontar tudo no diário para que depois no futuro o possa consultar e evitar estas situações. Uma hiperglicémia pode acontecer porque comeu um bocadinho de mais, ou uma coisa com mais hidratos de carbono ou açúcar, ou então porque fez uma dose de insulina a menos em comparação com o que comeu.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Medição de níveis glicémicos
(picador)
Para ter uma diabetes mais controlada, é necessário monitorizar a glicémia sempre. Alguém que tenta controlar a diabetes sem monitorização é como se estivesse a conduzir um carro sem conta-quilómetros, indicador de gasolina ou temperatura. O carro pode andar por algum tempo mas depois acaba por parar no sítio errado. A monitorização da glicémia pode ser dividida em: análises imediatas, análises de rotina, monitorização contínua da glicémia, e análises de longo prazo. A monitorização é importante para ver se está tudo em ordem com a diabetes, se as doses de insulina são as certas, e para controlar-la e ver se está tudo bem.
As análises imediatas, ou a medição dos níveis glicémicos, é feito pelo próprio diabético, quando necessário, no momento. É necessário fazer sempre para verificar os níveis de açúcar, e para fazer um melhor controlo da diabetes. Utiliza-se um medidor de glicémia próprio para medir os níveis de açúcar no sangue (como a imagem que se apresenta mais em baixo). Estas máquinas vêm em várias formas, tamanhos e cores. Para extrair uma gota de sangue utiliza-se um picador, ou dispositivo de picar os dedos. Estes também vêm em diferentes formas. No picador vem uma lanceta, e é essa a lanceta que pica a pele.
Antes de picar um dedo deverá levar as mãos, não só pela higiene, mas também para assegurar que não tem açúcar nos dedos, que poderia ter vindo de alguma coisa doce que tocou, fruta, entre outros, e que poderá acabar por provocar uma leitura falsa, mais elevada. Não é necessário desinfectar os dedos com álcool, pois iste só iria secar a pele. Pode utilizar a mesma lanceta durante o dia todo, mas em cada vez que a utiliza, a lanceta torna-se ligeiramente menos pontiaguda, acabando por tornar as picadas mais dolorosas.
As picadas, como já deve de ter calculado, são feitas nos dedos, e deverão ser feitas nos lados das pontas dos dedos. As picadas constantes não causam a perda completa da sensibilidade nos dedos. Só a sensibilidade à pressão é afectada devido a um aumento da espessura da pele. Não há nenhuma diminuição de sensibilidade ao calor nem ao tacto.
Pedir o picador emprestado a outra pessoa não é boa ideia, porque se uma pequena gota de sangue ficar no dispositivo e estiver infectada, pode causar contágio.
Como já foi dito, os níveis de glicémia, para estar num nível normal, deverão estar mais ou menos entre os 90 e 120 md/dl (5-7 mmol/l). A maioria dos medidores de glicémia tem memoria para armazenar os resultados das analises, e até mostram uma média. Através dos resultados, uma pessoa consegue controlar melhor a diabetes. Poderá apontar sempre os resultados num diário , assim como detalhes das actividades realizadas, para que a próxima vez que fazer algum desporto ou comer determinada coisa, consiga consultar as suas notas.
(medidor de glicémia)
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Administração de insulina
Como já se sabe, os diabéticos tipo 1 têm de administrar insulina, pois o pâncreas já não o produz. Os diferentes tipos de insulina são: a insulina rápida, a intermédia, a lenta, a intravenosa, a ultra-rápida, a basal e a pré misturada. A insulina pode ser administrada através:
-> das canetas de insulina (que parecem canetas, e vem em várias formas e cores e algumas são descartáveis)
-> das bombas de insulina (que estão sempre ligadas ao utente e fornecem insulina como se fosse um pâncreas)
-> das seringas (quando surge uma insulina nova essa insulina começa a ser administrada pelas seringas, e também o método das seringas era o que se utilizava antes de aparecer as canetas)
Existe também injectores a jacto (que utilizam uma pressão muito alta para formar um jacto fino de insulina que penetra a pele. Esse jacto é mais fino que uma agulha). Também há o insuflon (cateters utilizados em crianças muito pequenas para minimizar a dor. São utilizadas enquanto a criança aprende as tecnicas de insulina e se adapta a diabetes. Depois é utilizado um dos outros métodos de injecção).
Pessoas diferentes administram a insulina de modos diferentes. Por exemplo, há pessoas que tomam duas injecções diárias, outras três, e outras fazem injecções múltiplas. Algumas fazem as injecções antes das refeições enquanto outras é depois. Isto depende da insulina que cada um toma, e do tratamento que lhe for mais adequado.
Algumas insulinas, como as lentas, terão de ser agitadas antes de ser utilizadas, e se houver ar em algum cartucho ou seringa, deverá retirar-lo segurando a caneta (seringa) com a agulha virada para cima, e injectando uma ou duas gotas para o ar.
Há diferentes zonas do corpo onde se pode injectar a insulina, e essas zonas são nos braços, na barriga, nas pernas ou nas nádegas. É imoprtante alterar o local de administração para que a insulina seja absorvida de modo mais eficaz e para que não apareçam nódulos ou vermelhidão na pele.
Para fazer uma injecção de insulina com uma caneta ou seringas, deverá levantar um pouco a pele para que a insulina não seja administrada no músculo, e para que não sinta dor. A agulha deverá ser colocada a um ângulo de 90º.
Não é necessário desinfectar a pele, e deverá mudar a agulha ou seringa com frequência, de modo a tornar as injecções menos dolorosas, e ter e certeza que não fique restos de insulina, a cristalizar na agulha.
Algumas doses de insulina poderão ser ajustadas pelo próprio diabético conforme a quantidade de hidratos de carbono que ingere, o exercício físico que praticar, ou mesmo os níveis de glicémia que tiver.
O tipo de insulina e o tratamento utilizado é diferente para cada diabético, conforme o que o médico achar melhor ou o que seja mais adequado ao paciente, e ao seu estilo de vida.
-> das canetas de insulina (que parecem canetas, e vem em várias formas e cores e algumas são descartáveis)
-> das bombas de insulina (que estão sempre ligadas ao utente e fornecem insulina como se fosse um pâncreas)
-> das seringas (quando surge uma insulina nova essa insulina começa a ser administrada pelas seringas, e também o método das seringas era o que se utilizava antes de aparecer as canetas)
Existe também injectores a jacto (que utilizam uma pressão muito alta para formar um jacto fino de insulina que penetra a pele. Esse jacto é mais fino que uma agulha). Também há o insuflon (cateters utilizados em crianças muito pequenas para minimizar a dor. São utilizadas enquanto a criança aprende as tecnicas de insulina e se adapta a diabetes. Depois é utilizado um dos outros métodos de injecção).
Pessoas diferentes administram a insulina de modos diferentes. Por exemplo, há pessoas que tomam duas injecções diárias, outras três, e outras fazem injecções múltiplas. Algumas fazem as injecções antes das refeições enquanto outras é depois. Isto depende da insulina que cada um toma, e do tratamento que lhe for mais adequado.
Algumas insulinas, como as lentas, terão de ser agitadas antes de ser utilizadas, e se houver ar em algum cartucho ou seringa, deverá retirar-lo segurando a caneta (seringa) com a agulha virada para cima, e injectando uma ou duas gotas para o ar.
Há diferentes zonas do corpo onde se pode injectar a insulina, e essas zonas são nos braços, na barriga, nas pernas ou nas nádegas. É imoprtante alterar o local de administração para que a insulina seja absorvida de modo mais eficaz e para que não apareçam nódulos ou vermelhidão na pele.
Para fazer uma injecção de insulina com uma caneta ou seringas, deverá levantar um pouco a pele para que a insulina não seja administrada no músculo, e para que não sinta dor. A agulha deverá ser colocada a um ângulo de 90º.
Não é necessário desinfectar a pele, e deverá mudar a agulha ou seringa com frequência, de modo a tornar as injecções menos dolorosas, e ter e certeza que não fique restos de insulina, a cristalizar na agulha.
Algumas doses de insulina poderão ser ajustadas pelo próprio diabético conforme a quantidade de hidratos de carbono que ingere, o exercício físico que praticar, ou mesmo os níveis de glicémia que tiver.
O tipo de insulina e o tratamento utilizado é diferente para cada diabético, conforme o que o médico achar melhor ou o que seja mais adequado ao paciente, e ao seu estilo de vida.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Hipoglicémia (quebras de açucar)
Uma hipoglicémia, ou "quebra de açúcar", é quando os níveis de glicémia estão abaixo do normal. Isto acontece muitas vezes num diabético, e pode ser perigoso se não for tratado, logo, porque os níveis vão baixando cada vez mais. Os níveis de glicémia, para estar num nível normal, deverão estar mais ou menos entre os 90 e 120 md/dl (5-7 mmol/l), o que nem sempre é fácil. Muitas vezes os níveis também ficam muito altos, causando uma hiperglicémia.
É importante conhecer-se os sintomas de uma hipoglicémia, só que por vezes uma hipogliçémia nem é sentida. Pessoas diferentes reagem de diferentes formas quando têm uma hipoglicémia, por isso é que é importante conhecer os sintomas. Embora que nem toda gente sente a mesma coisa quando desenvolve uma hipoglicémia, os sintomas geralmente seguem o mesmo padrão para cada pessoa. É fundamental verificar o nível de açúcar no sangue cada vez que sentir, o desconfie de uma hipoglicémia, ou se sentir estranho. Também é importante que os membros da família e alguns amigos saibam tratar a hipoglicémia de um modo seguro e eficaz.
Como já foi dito, pessoas diferentes reagem de formas diferentes. Podem sentir alguns destes sintomas, ou não. Alguns sintomas da hipoglicémia são:
- falta de força, tonturas
- dificuldade de concentração
- alteração da visão das cores
- dificuldades de audição
- sensação de calor
- sonolência
- comportamento estranho, falta de discernimento
- confusão
- problemas de memória a curto prazo
- discurso pouco claro
- andar pouco firme, falta de coordenação
- lapsos de consciência
- convulsões
- irritabilidade
- sensação de fome e/ou doença
- tremores
- ansiedade
- palpitações cardíacas
- dormencia nos labios, dedos e lingua
- palidez
- suores frios
Há quatro tipos diferentes de hipoglicémia:
> a ligeira (em que o diabético se consegue auto-tratar e os níveis são facilmente restabelecidos)
> a moderada (em que o organismo reage com sintomas de aviso de hipoglicémia, e é possível o auto-tratamento)
> a hipoglicémia sem sinais de aviso (em que o diabético não sente a hipoglicémia, mas que para outras pessoas que o estejam a ver é óbvio que está com sintomas)
> a grave (em que o diabético é temporariamente incapacitado em que seja necessário a assistência de outras pessoas para comer. Em alguns casos extremos o melhor é chamar uma ambulância).
A administração de glicémia pura é a melhor forma de tratar uma hipoglicémia, mas qualquer forma de hidrato de carbono também serve. O diabético deverá andar com pacotes de açúcar ou rebuçados no bolso para tratar logo de uma hipoglicémia em caso que tenha uma. É importante não tomar muito só mesmo para "estar seguro", para que a glicémia não suba de mais. A glicose dos alimentos só poderá entrar no sangue depois de ter entrado para os intestinos, por isso que açúcar, ou sumo açúcarado é indicado pois é absorvido rapidamente. No fim, poderá comer alguma coisa como pão, no fim para ter a certeza que não desçam, porque pão tem hidratos de carbono de absorção lenta, e mantêm os níveis em cima.
Se conseguir, no fim, tentar descobrir o porquê da hipoglicémia, é uma mais valia para que no futuro possa evitar a mesma situação, comendo mais uma coisa ou diminuindo a dose de insulina. Uma hipoglicémia pode ocorrer ou porque comeu pouco, deu insulina a mais ou fez exercício físico sem comer nada.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Uma conversinha com uma idosa
Estava eu no centro de saúde, a espera que o meu avô saísse do consultório, quando entra uma senhora já com um bocadinho de idade, com uma cara de esgotamento, tristeza e desconsolo. Estava lá outras pessoas na sala de espera. Nisto, como é habitual nalguns idosos naquela sala de espera, ela começa a falar da vida dela, e do problema de saúde que tinha. Tinha sido diagnosticada com diabetes tipo 2 a pouco tempo. Ela estava a falar com a senhora do lado sobre o problema dela, e a tratar-lo como se fosse a pior coisa do mundo por causa das complicações que poderá vir a trazer.
Não é muito o meu costume ouvir as conversas dos outros, muito menos meter-me nelas quando não têm nada a ver comigo, mas como estava ali ao lado e algumas das coisas e o estado em que a senhora estava me captaram a atenção, eu meti-me na conversa, e estivemos a falar as três sobre a diabetes.
Comecei por perguntar à senhora se ela tinha diabetes (era óbvio que ela tinha, mas pronto). Quando ela me confirmou que tinha, eu disse-lhe que também era diabética, e mostrei-lhe o meu guia de diabético (um livrinho verde que todos os diabéticos possuem). Ela (e a outra senhora) ficou extremamente chocada por ver que eu sou tão nova e que já tenho diabetes. Ficou ainda mais espantada quando eu lhe disse que há pessoas mais novas ainda com diabetes, e que também há quem nasça com a doença.
Tivemos uma conversa sobre algumas das complicações, e sobre os comprimidos que têm que ser tomados para o resto da vida. Eu falei-lhe na minha insulina, porque no meu caso não tomo comprimidos, e expliquei-lhe que tenho que medir os níveis e fazer injecções de insulina cada vez que como qualquer coisa. Expliquei-lhe também que se tiver os níveis de açúcar mais altos, ou comer um bocadinho a mais que aumento a dose de insulina, ou se tiver os níveis mais baixos ou comer menos, que diminuo a dose.
A senhora perguntou-me se eu levava comida comigo, e eu disse-lhe que por acaso não mas que devia de levar sempre. Expliquei-lhe que não levo porque costumo ir lanchar a um café, e que antes levava um pacote ou dois de bolachas na mala, só que as bolachas partiam-se todas. Disse-lhe que levo sempre o açúcar comigo.
Depois eu disse à senhora que embora a diabetes poderá vir a levar muitas outras complicações, não é a pior coisa do mundo se estiver controlada. É preciso é saber viver e lidar com a diabetes, e nunca contra. Disse-lhe também que não me queixo da minha doença porque, se estiver sempre controlada, há doenças muito piores que a diabetes. A senhora já se apresentava mais calma com uma cara e sorriso mais alegre.
A diabetes, quer seja tipo 1 quer seja tipo 2, não é o fim do mundo. É preciso aceitar a doença e aprender a viver com ela. =)
Não é muito o meu costume ouvir as conversas dos outros, muito menos meter-me nelas quando não têm nada a ver comigo, mas como estava ali ao lado e algumas das coisas e o estado em que a senhora estava me captaram a atenção, eu meti-me na conversa, e estivemos a falar as três sobre a diabetes.
Comecei por perguntar à senhora se ela tinha diabetes (era óbvio que ela tinha, mas pronto). Quando ela me confirmou que tinha, eu disse-lhe que também era diabética, e mostrei-lhe o meu guia de diabético (um livrinho verde que todos os diabéticos possuem). Ela (e a outra senhora) ficou extremamente chocada por ver que eu sou tão nova e que já tenho diabetes. Ficou ainda mais espantada quando eu lhe disse que há pessoas mais novas ainda com diabetes, e que também há quem nasça com a doença.
Tivemos uma conversa sobre algumas das complicações, e sobre os comprimidos que têm que ser tomados para o resto da vida. Eu falei-lhe na minha insulina, porque no meu caso não tomo comprimidos, e expliquei-lhe que tenho que medir os níveis e fazer injecções de insulina cada vez que como qualquer coisa. Expliquei-lhe também que se tiver os níveis de açúcar mais altos, ou comer um bocadinho a mais que aumento a dose de insulina, ou se tiver os níveis mais baixos ou comer menos, que diminuo a dose.
A senhora perguntou-me se eu levava comida comigo, e eu disse-lhe que por acaso não mas que devia de levar sempre. Expliquei-lhe que não levo porque costumo ir lanchar a um café, e que antes levava um pacote ou dois de bolachas na mala, só que as bolachas partiam-se todas. Disse-lhe que levo sempre o açúcar comigo.
Depois eu disse à senhora que embora a diabetes poderá vir a levar muitas outras complicações, não é a pior coisa do mundo se estiver controlada. É preciso é saber viver e lidar com a diabetes, e nunca contra. Disse-lhe também que não me queixo da minha doença porque, se estiver sempre controlada, há doenças muito piores que a diabetes. A senhora já se apresentava mais calma com uma cara e sorriso mais alegre.
A diabetes, quer seja tipo 1 quer seja tipo 2, não é o fim do mundo. É preciso aceitar a doença e aprender a viver com ela. =)
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Insulina
(cristais de insulina)
A insulina, como já foi dito, é uma hormona produzida pelo pâncreas, que serve para baixar os níveis de glicémia no sangue. Quando se cheira ou vê comida, são enviados sinais as células dos pâncreas para aumentarem a produção de insulina. Quando a comida entra no estômago e nos intestinos, ainda mais insulina é produzida. As células que produzem a insulina (células beta) conseguem medir a glicémia no sangue, e respondem a isso libertando as quantidades certas de insulina para o sangue. Quando os níveis de glicémia estão normais, essas células produtoras de insulina diminuem a produção.
A insulina é muito importante porque funciona como uma "chave" que permite a entrada da glicose nas células. A glicose e é a fonte energética das nossas células. Sem a insulina, a glicose não consegue entrar para dentro da célula. Isto, como já se sabe, faz com que os níveis de açúcar no sangue subam. Sem energia do açúcar, as células começam a produzir a sua própria energia, os corpos cetónicos, que podem prejudicar a saúde.
Mas, no entanto, há células que são "insulino-independentes" que absorvem glicose, em proporção directa à glicémia, sem insulina. Estas células são encontradas no cérebro, nas fibras nervosas, na retina, nos rins, nas glandulas supra-renais, nos vasos sanguíneos e nos globulos vermelhos. Pode não parecer lógico que existam células que consigam absorver glicose sem insulina. Mas isto acontece porque numa situação em que há pouca glicose no organismo, a produção de insulina é suspensa, e a glicose é guardada para os órgãos mais importantes. Para quem tem diabetes, com os níveis mais altos, essas células que não precisam de insulina, vão absorver grandes quantidades de glicose. A longo prazo essas células poderão ficar "envenenadas", fazendo com que esses órgãos sejam susceptíveis a danos quando a diabetes não está controlada.
O nosso corpo precisa sempre de insulina, mesmo entre as refeições e quando estamos a dormir, para controlar a glicose produzida pelo fígado. Esta insulina é uma pequena quantidade de insulina, ou a insulina "basal". A volta de 40/50% da insulina produzida num dia, por uma pessoa que não é diabética, é libertada entre as refeições, como insulina basal.
domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
O natal, ou outras festas.
Então é natal, ou vésperas de natal, ou melhor consoada, e vai estar reunido com a família, num grande jantar, um banquete, recheado de comida tão boa, batatas, bacalhau, couve, polvo, arroz, ou outros tipos de comida. Ah mas não se esqueça antes dos fritos recheados de açúcar, as rabanadas, as filhós. Por fim vem aquelas sobremesas tão doces, tão cremosas, tão boas, pudins, mousses, semi-frios, bolos, cremes, broas,...e o bolo rei? Tudo tão delicioso, tão apetitoso... Mas tudo muito doce para um diabético... Então, como se pode fazer???
Por ser diabético, não significa que não pode comer destas coisas todas. Se tiver uma alimentação saudável a maior parte dos dias, pode ter algumas excepções em ocasiões especiais. É importante saber como lidar com a comida que é servida em festas. Deverá sempre verificar a glicémia e aumentar um pouco a dose da insulina, dependendo se comer mais que o habitual, ou se a comida tiver mais hidratos de carbono. Deverá também apontar a glicémia e as doses de insulina administradas no seu diário, para que depois possa consultá-lo em ocasiões futuras. As vezes poderá ficar sentado à mesa por longos períodos. Se isto acontecer, no final da refeição deverá medir os níveis e administrar outra dose extra se necessário.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
O pâncreas
Então o que é realmente o pâncreas?
O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino. Ele está por baixo da caixa torácica, a esquerda, perto do estômago. O pâncreas tem duas funções principais. Produz enzimas para digerir alimentos (sistema digestivo) e produz insulina e glucagon para controlar os níveis de açúcar no sangue. Estas duas hormonas produzidas pelo pâncreas são libertadas directamente na corrente sanguínea, em situações diferentes. Ou seja, quando as células do pâncreas detectam açúcar no sangue, a insulina é libertada para diminuir esse açúcar. Se os níveis baixarem, a secreção de insulina é interrompida. Se os níveis estiverem muito baixos, o pâncreas liberta glucagon para aumentar-los.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Diabetes: Equipa com investigadores de Coimbra alcança “avanço considerável” para insulina por via oral
Estava a ver hoje as notícias, e este tema interessou-me. Tentei procurar um video com esta notícia para publicar aqui, mas ainda não encontrei. No entanto encontrei estes sites com a informação toda. Se depois conseguir encontrar algum vídeo, publico-o assim que for possível. Um grande beijinho. =)
Para saber mais clique num dos links abaixo.
http://www.cnoticias.net/?p=61717
http://www.asbeiras.pt/2011/12/investigadores-de-coimbra-estudam-administracao-oral-de-insulina/
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52274&op=all
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Para saber mais clique num dos links abaixo.
http://www.cnoticias.net/?p=61717
http://www.asbeiras.pt/2011/12/investigadores-de-coimbra-estudam-administracao-oral-de-insulina/
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52274&op=all
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O meu diagnóstico
Foi em Janeiro de 2004, tinha eu os meus 14 anos. O natal tinha acabado de passar, e como sempre, foi passado com a minha família. Era muito magrinha na altura, mas mesmo assim conseguia comer dois pratos cheios de comida, e andava sempre com muita sede. Entre água e sumo, bebia sempre água. Até acordava muitas vezes durante a noite para beber água. Tinha sempre uma garrafa de litro e meio de água ao meu lado, e quase que conseguia beber metade numa noite. Também acordava várias vezes para ir a casa de banho, e de dia ia vezes sem conta. Fiquei com uma ideia que o açúcar dava muita mais sede que o sal, e comecei a estranhar como é que podiam dizer que o sal dava sede. De vez em quando tinha muitas dores de cabeça, e um temperamento muito mau, andava sempre chateada, sem saber porque. Lembro-me que batia com as portas e tudo, lol.
Uma tia minha observou-me por uns tempos, porque achou muito estranho de como eu podia comer tanto, beber tanta agua e ser tão magra. Ela, como já conhecia os sintomas, desconfiou de que eu podia ter diabetes. Falou com a minha mãe sobre a preocupação dela. Ainda me lembro hoje da resposta da minha mãe, como se fosse ontem. "Estás maluca ou quê?? Não temos ninguém na família com diabetes sem ser o pai, [o meu avó] e agora ela vai ter diabetes??" Mesmo assim a minha mãe ficou a pensar no assunto, e passados poucos dias decidiu então levar-me ao centro de saúde.
No centro de saúde mandaram-me fazer um teste a urina, e disseram-me que iam tirar um bocadinho de sangue, para poder ver o açúcar que tinha na urina e no sangue. O teste a urina foi fácil, xD o pior era tirar o sangue. Nunca gostei muito de agulhas, e estava extremamente nervosa. Lembro-me que já me estavam a preparar para fazer uma pequena colheita de sangue, quando do nada entra uma enfermeira para dentro e disse que não valia a pena tirar o sangue, que me deviam de levar para o hospital urgentemente. Eu na altura não percebi porque, mas la fomos eu e a minha mãe para o hospital.
Foi tudo muito rápido. Lembro-me de estar com a minha mãe no hospital e mais enfermeiros e médicos. Não sabia o que estava a passar e ainda não tinha interiorizado que tinha diabetes. Não me lembro de tudo o que se passou no hospital, nem das coisas que me diziam. Isto porque tudo entrava num ouvido e saia no outro. Estava a leste. Quando me ponho a pensar nisto, parece que me estou a lembrar de um sonho.
Lembro-me de estar no hospital até a noite, e dos enfermeiros e médicos a falar e lembro-me de levar a minha primeira injecção de insulina. Queria que fosse um dos médicos ou enfermeiros a dar, mas tinha que ser a minha mãe. Nem eu percebi porque. Escolhi o braço para levar a injecção. Isto porque aquela injecção vazia-me lembrar de uma vacina. Meti a mão na cintura para levantar o braço para cima, como se estivesse a levar uma vacina, mas disseram-me para não fazer isso porque não era nenhuma vacina. Mas eu continuei na minha. Estava a começar a pensar que só tinha que levar isso e que tudo passava, que amanha era outro dia e que iria estar tudo normal. Ainda não tinha interiorizado que tinha diabetes. Passado um bocadinho, já podia ir para casa. Tive muita sorte em ter ido nesse dia ao centro de saúde, porque mais um dia e entrava em coma diabético. Dou graças a minha tia por isso, por ter alertado a minha mãe. Sem a minha tia, não sei o que poderia ter acontecido.
Não me lembro se foi no dia seguinte, ou não (mas de certeza que foi, lol), mas lembro-me que tive que ir a farmácia com a minha mãe buscar as coisas dos diabetes. Eu nessa altura ainda não tinha interiorizado que era diabética, e que iria ser para toda vida. Só quando eu vi o farmacêutico a entregar as caixas da insulina, e das agulhas, das lancetas, e das tiras a minha mãe é que eu percebi que ia ser para o resto da minha vida. Comecei a chorar. A minha mãe também começou a chorar. Chorei ali na farmácia a frente de toda gente, mas nem sequer reparei nas outras pessoas.
Nos dias seguintes, uma das enfermeiras vinha de vez em quando a minha casa para monitorizar-me e ter a certeza de que estava a fazer tudo bem. Ela voltou a ensinar-me tudo sobre a diabetes, aos poucos, e mostrou-me como medir os níveis. Lol, lembro-me que até do picador tinha medo na altura xD. Bem, já está quase a fazer oito anos desde que fui diagnosticada com diabetes. Não me lembro de muito mais dessa altura, mas sei que do que me lembro nunca me vou esquecer, porque esse é mesmo um dia que nunca esquecerei.
Uma tia minha observou-me por uns tempos, porque achou muito estranho de como eu podia comer tanto, beber tanta agua e ser tão magra. Ela, como já conhecia os sintomas, desconfiou de que eu podia ter diabetes. Falou com a minha mãe sobre a preocupação dela. Ainda me lembro hoje da resposta da minha mãe, como se fosse ontem. "Estás maluca ou quê?? Não temos ninguém na família com diabetes sem ser o pai, [o meu avó] e agora ela vai ter diabetes??" Mesmo assim a minha mãe ficou a pensar no assunto, e passados poucos dias decidiu então levar-me ao centro de saúde.
No centro de saúde mandaram-me fazer um teste a urina, e disseram-me que iam tirar um bocadinho de sangue, para poder ver o açúcar que tinha na urina e no sangue. O teste a urina foi fácil, xD o pior era tirar o sangue. Nunca gostei muito de agulhas, e estava extremamente nervosa. Lembro-me que já me estavam a preparar para fazer uma pequena colheita de sangue, quando do nada entra uma enfermeira para dentro e disse que não valia a pena tirar o sangue, que me deviam de levar para o hospital urgentemente. Eu na altura não percebi porque, mas la fomos eu e a minha mãe para o hospital.
Foi tudo muito rápido. Lembro-me de estar com a minha mãe no hospital e mais enfermeiros e médicos. Não sabia o que estava a passar e ainda não tinha interiorizado que tinha diabetes. Não me lembro de tudo o que se passou no hospital, nem das coisas que me diziam. Isto porque tudo entrava num ouvido e saia no outro. Estava a leste. Quando me ponho a pensar nisto, parece que me estou a lembrar de um sonho.
Lembro-me de estar no hospital até a noite, e dos enfermeiros e médicos a falar e lembro-me de levar a minha primeira injecção de insulina. Queria que fosse um dos médicos ou enfermeiros a dar, mas tinha que ser a minha mãe. Nem eu percebi porque. Escolhi o braço para levar a injecção. Isto porque aquela injecção vazia-me lembrar de uma vacina. Meti a mão na cintura para levantar o braço para cima, como se estivesse a levar uma vacina, mas disseram-me para não fazer isso porque não era nenhuma vacina. Mas eu continuei na minha. Estava a começar a pensar que só tinha que levar isso e que tudo passava, que amanha era outro dia e que iria estar tudo normal. Ainda não tinha interiorizado que tinha diabetes. Passado um bocadinho, já podia ir para casa. Tive muita sorte em ter ido nesse dia ao centro de saúde, porque mais um dia e entrava em coma diabético. Dou graças a minha tia por isso, por ter alertado a minha mãe. Sem a minha tia, não sei o que poderia ter acontecido.
Não me lembro se foi no dia seguinte, ou não (mas de certeza que foi, lol), mas lembro-me que tive que ir a farmácia com a minha mãe buscar as coisas dos diabetes. Eu nessa altura ainda não tinha interiorizado que era diabética, e que iria ser para toda vida. Só quando eu vi o farmacêutico a entregar as caixas da insulina, e das agulhas, das lancetas, e das tiras a minha mãe é que eu percebi que ia ser para o resto da minha vida. Comecei a chorar. A minha mãe também começou a chorar. Chorei ali na farmácia a frente de toda gente, mas nem sequer reparei nas outras pessoas.
Nos dias seguintes, uma das enfermeiras vinha de vez em quando a minha casa para monitorizar-me e ter a certeza de que estava a fazer tudo bem. Ela voltou a ensinar-me tudo sobre a diabetes, aos poucos, e mostrou-me como medir os níveis. Lol, lembro-me que até do picador tinha medo na altura xD. Bem, já está quase a fazer oito anos desde que fui diagnosticada com diabetes. Não me lembro de muito mais dessa altura, mas sei que do que me lembro nunca me vou esquecer, porque esse é mesmo um dia que nunca esquecerei.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Mitos
Há muitas pessoas que não entendem ou não sabem como se tem diabetes, e ficam com ideias erradas sobre a doença.
"A diabetes é contagiosa?"
Uma vez, por exemplo, eu estava a vir a pé para casa da escola, com uma rapariga da minha turma. Ela do nada lembrou-se que eu tinha diabetes, e afastando-se um pouco, perguntou-me se era contagioso. Eu fiquei do tipo a olhar para ela, sem saber se me devia de chatear com a maneira que agiu (afastando-se) ou não. Mas pensei duas vezes. Um pouco chateada, mesmo assim, como ela não percebia de diabetes, eu decidi explicar-lhe que não é uma doença contagiosa. Contei-lhe o que sabia sobre como se descobre que se tem diabetes, e como a diabetes poderá ser desenvolvida.
Como ela, há muitas pessoas que não sabem que a diabetes não é uma doença contagiosa. Mas digo já, a diabetes não é uma doença contagiosa porque ela não é infecciosa.
"Se comer muitos doces apanho diabetes?"
Há muitas pessoas que pensam que ao comer muitos doces pode-se apanhar diabetes. Depende do tipo de diabetes.
Já me vieram dizer que se eu não tivesse abusado nas gomas ou posto cubos inteiros de açúcar na boca, que talvez não seria diabética. Mas isso não é verdade. Embora fosse um bocadinho gulosa, antes de ser diabética o chocolate passava de data no meu quarto. Agora que sou diabética, o chocolate nem dura uma semana xD tornei-me mais gulosa do que era. Abusar nas coisas doces não influência, de maneira nenhuma, o risco de contrair diabetes tipo 1. Como já foi dito, a diabetes pode aparecer se já tiver alguém na família com a doença, ou quando as células produtoras de insulina no pâncreas são destruídas.
Ao contrario da diabetes tipo 1, a diabetes tipo 2 é muito influenciada pela alimentação e o estilo de vida que o sujeito leva. Os doces em si não causam diabetes tipo 2, mas o excesso de calorias de qualquer tipo, pouco exercício físico, e a obesidade podem causar diabetes. E se já tiver também alguém na família com diabetes tipo 2, é óbvio que se não levar uma vida saudável, está mais susceptível a desenvolver a doença.
"Um diabético não pode comer açúcar de maneira nenhuma"
Uma vez eu estava com uma amiga, e estava a começar a sentir uma quebra de açúcar. Tirei um pacote de açúcar e meti o a boca. Nisto, a minha amiga deu.me uma palmadinha levezinha, e perguntou-me o que é que estava a fazer. Ela disse que eu não podia fazer isso. Ela, como muitas outras pessoas, pensava que um diabético não pode tocar em açúcar de maneira nenhuma porque faz mal. O que ela não entendia era que embora um diabético tem a tendência a ter os valores mais altos, também pode ter falta de açúcar, ou por ter feito insulina a mais, ter comido pouco, ou ter feito algum exercício físico sem ter comido nada. A falta de açúcar ocorre com alguma frequência nos diabéticos. Um diabético com pouco açúcar no sangue, pode cair para o lado e desmaiar. Para que isto não aconteça, é necessário comer logo algo doce. Para ter a certeza dos níveis de açúcar no sangue, deverá medir os níveis. A diabetes é uma doença muito ligada ao açúcar.
"Um diabético não pode comer certos tipos de comida"
Há muitas pessoas que pensam que um diabético está proíbido de provar certos tipos de comida. Isso depende muito se os medicos/enfermeiros/nutricionistas que o seguem lhe poem em dieta ou não. Eu por exemplo, para já posso comer um pouco de tudo. Aliás uma pessoa deve ter uma dieta equilibrada, ou seja, comer um bocadinho de tudo nas quantidades certas.
Mesmo assim dei uns limites a mim mesma. Por exemplo, não toco de forma alguma em bebidas ou alguns alimentos que têm uma versão light ou zero. Só toco em bebidas com açúcar se estiver com uma quebra. Outra coisa que eu fiz foi proibir a mim mesma de provar figos. Isto porque eu sei que os figos são um fruto com muito açúcar, e se provar, sei que vou gostar e que se tornarão mais uma tentação. Mesmo assim, por vezes, na altura dos figos, eu tenho alguma curiosidade, so que prefiro não tocar neles. E como nunca provei é mais fácil resistir.
"Bebidas light ou zero fazem a mesma coisa que as normais. É tudo igual."
Muitas pessoas pensam mesmo que não existe nenhuma diferença entre as bebidas light, zero e normais. Têm esta ideia porque pensam que é só uma forma de marketing, ou seja uma maneira das empresas conseguirem vender o produto. Mas isso não é verdade. Basta ler os rótulos e comparar um de um produto light ou zero com um normal que vês logo. Mas é preciso ter em conta que as bebidas light ou zero têm outros aditivos, como adoçantes, que, embora não mexam com os níveis glicémicos, nem sempre fazem bem a saúde.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Quando se descobre que se tem diabetes?
Para saber se tens diabetes ou não é necessário conhecer todos os sintomas. Se tiver estes sintomas todos ao mesmo tempo, é urgente que vá visitar um médico para tirar as dúvidas. Só um médico te pode confirmar se realmente tens diabetes ou não. Só um médico te pode diagnosticar e ajudar.
Os sintomas de diabetes (tipo 1), como apresenta a imagem acima, são os seguintes:
- cansaço e fadiga, associada a dores musculares intensas;
- sede insaciável;
- emagrecimento rápido;
- urinar muito;
- comer demasiado;
- dores de cabeça, náuseas ou vómitos
Estes sintomas podem surgir quando os níveis de glicémia estão muito altos.
Os sintomas nos diabéticos tipo 2 são parecidos aos do tipo 1, mas em vez de emagrecer rapidamente e sentir dores de cabeça, náuseas ou vómitos, a pessoa sente comichão no corpo todo, e tem uma visão turva.
Os sintomas de diabetes nas crianças e nos jovens são muito claros, enquanto nos adultos não são tão fáceis de detectar. Por causa disto, a diabetes tipo 2 passa despercebida durante algum tempo.
Os sintomas de diabetes (tipo 1), como apresenta a imagem acima, são os seguintes:
- cansaço e fadiga, associada a dores musculares intensas;
- sede insaciável;
- emagrecimento rápido;
- urinar muito;
- comer demasiado;
- dores de cabeça, náuseas ou vómitos
Estes sintomas podem surgir quando os níveis de glicémia estão muito altos.
Os sintomas nos diabéticos tipo 2 são parecidos aos do tipo 1, mas em vez de emagrecer rapidamente e sentir dores de cabeça, náuseas ou vómitos, a pessoa sente comichão no corpo todo, e tem uma visão turva.
Os sintomas de diabetes nas crianças e nos jovens são muito claros, enquanto nos adultos não são tão fáceis de detectar. Por causa disto, a diabetes tipo 2 passa despercebida durante algum tempo.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Diabetes mellitus tipo 2
Não há muita coisa que eu sei dizer sobre este tipo de diabetes, porque não é o tipo de diabetes com que lido todos os dias, embora conheça muitas pessoas também com este tipo de diabetes.
A diabetes tipo 2 é diagnosticada numa idade adulta mais avançada, em geral a partir dos 35 anos deidade.. A capacidade de produção de insulina em diabéticos tipo 2 não desaparece totalmente como em diabéticos tipo 1. Mas o corpo do doente fica mais resistente a insulina. Por isto que os diabéticos tipo 2 tomam comprimidos que aumentam a sensibilidade do corpo à insulina, ou a libertação da insulina do pâncreas. Alguns diabéticos tipo dois podem vir a ter que administrar insulina mais tarde.
A diabetes tipo 2, tal como a diabetes tipo um, é uma doença hereditária, ou seja, se já houver alguém na família com diabetes, a pessoa pode vir a ter. Ao contrário da diabetes tipo 1, a diabetes tipo 2 tem muito haver com a alimentação e o estilo de vida que uma pessoa leva. A obesidade e uma dieta rica em gorduras e pobre em fibras, uma vida sedentária com falta de exercício físico, e a hipertensão, podem vir a fazer com que a diabetes tipo 2 seja desenvolvida mais tarde na vida de uma pessoa.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Diabetes mellitus tipo 1
(um dos tipos de caneta utilizada para a administração de insulina)
A diabetes tipo um, como já foi dito, é um tipo da diabetes mellitus. As pessoas com diabetes tipo 1 são diagnosticadas na infância ou na adolescência (antes dos 35 anos de idade). Os sofredores da diabetes tipo 1 são insulino-dependentes, ou seja, desde que a doença é inicialmente diagnosticada, é indispensável o tratamento com insulina. A insulina não pode ser administrada oralmente porque como é uma proteína, será então destruída pelas enzimas do estômago. Por isto que os diabéticos tipo um tem que fazer injecções ou utilizar uma bomba infusora de insulina.
Ainda não existe nenhuma cura para a diabetes. Também não dá para fazer uma operação para receber um pâncreas de outra pessoa. Isto porque na diabetes tipo 1, as celulas produtoras de insulina no pâncreas são destruídas por um processo chamado "auto-imunidade". Isto é, o sistema imunitário do doente ataca as células do pâncreas que produzem insulina. Isso acontece por engano porque o organismo identifica as células como corpos estranhos. (Se o doente receber um pâncreas novo o sistema imunitário iria acabar por atacar as células produtoras de insulina desse novo pâncreas). A causa disto ainda não foi definida, apesar de parecer estar ligado a constipações e outras doenças. O tipo de alimentação ou o estilo de vida não têm nada a ver com o aparecimento da diabetes.
O processo da auto-imunidade acaba por fazer com que o pâncreas não produza insulina. Sem a insulina, o açúcar é acumulado no sangue, fazendo com que os níveis subam. O açúcar acaba também por aparecer na urina. Com o passar do tempo, os níveis altos podem afectar os olhos, os rins, os nervos, o coração, ou outros órgãos do corpo do diabético. É preciso tomar insulina para viver e ter uma vida saudável, e com as injecções de insulina, o diabético consegue controlar melhor os níveis de açúcar.
Não se sabe ao certo porque é que as pessoas desenvolvem a diabetes tipo 1, mas é defendido que em muitos casos a diabetes é uma doença hereditária, ou seja que pode aparecer se já houver alguém na família com a doença, ou então que é algo próprio do organismo, ou pode aparecer por causa de uma agressão de determinados tipos de vírus através de constipações e assim.
sábado, 17 de dezembro de 2011
O que é? Uma pequena introdução.
A diabetes é uma doença crónica ligada a disfunção parcial ou total do pâncreas, na produção de insulina. O pâncreas é um órgão do nosso corpo, com a principal função de controlar os níveis de glicose do sangue, ou seja, de açúcar. O pâncreas dos sofredores de diabetes não consegue controlar os níveis de açúcar no sangue. Existem pelo menos três tipos de diabetes, a diabetes tipo 1, a diabetes tipo 2 e a diabetes gestacional.
A glicose é a principal fonte de energia do nosso corpo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em fazer as tarefas desejadas. Se não for bem tratado, pode surgir outras complicações.
A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas, e muito importante para o nosso corpo. É responsável pela redução dos açucares no sangue (glicose). A sua função é de transportar o açúcar para as células. Quando o pâncreas deixa de produzir insulina, o açúcar fica acumulado no sangue, e na urina, e as celas do corpo ficam destruídas, por falta de "abastecimento".
As pessoas com diabetes tipo 1 são pessoas insulino-dependentes, ou seja o pâncreas não produz insulina nenhuma. Estas pessoas são diagnosticadas com diabetes na adolescência ou na infância. Muitos já nascem com a doença. Para controlar os níveis de glicose no sangue, têm que fazer injecções diárias de insulina. Existe também as bombas infusoras de insulina.
Os sofredores de diabetes tipo 2 produzem insulina na mesma, mas apresentam uma certa resistência a essa insulina, e então é necessário tomar comprimidos para atingir um equilíbrio. Os comprimidos não contêm insulina, mas aumentam a sensibilidade do organismo à insulina, ou a libertação da insulina pelo pâncreas. As pessoas com diabetes tipo 2 podem vir a ter que administrar insulina através de injecções, tal como os diabéticos de tipo 1.
A diabetes gestacional é parecida a diabetes tipo 2 em várias formas. Aparece durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer depois do nascimento do bebé. Embora seja temporária, a diabetes gestacional pode trazer na mesma problemas para a saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tarde na vida.
A glicose é a principal fonte de energia do nosso corpo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em fazer as tarefas desejadas. Se não for bem tratado, pode surgir outras complicações.
A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas, e muito importante para o nosso corpo. É responsável pela redução dos açucares no sangue (glicose). A sua função é de transportar o açúcar para as células. Quando o pâncreas deixa de produzir insulina, o açúcar fica acumulado no sangue, e na urina, e as celas do corpo ficam destruídas, por falta de "abastecimento".
As pessoas com diabetes tipo 1 são pessoas insulino-dependentes, ou seja o pâncreas não produz insulina nenhuma. Estas pessoas são diagnosticadas com diabetes na adolescência ou na infância. Muitos já nascem com a doença. Para controlar os níveis de glicose no sangue, têm que fazer injecções diárias de insulina. Existe também as bombas infusoras de insulina.
Os sofredores de diabetes tipo 2 produzem insulina na mesma, mas apresentam uma certa resistência a essa insulina, e então é necessário tomar comprimidos para atingir um equilíbrio. Os comprimidos não contêm insulina, mas aumentam a sensibilidade do organismo à insulina, ou a libertação da insulina pelo pâncreas. As pessoas com diabetes tipo 2 podem vir a ter que administrar insulina através de injecções, tal como os diabéticos de tipo 1.
A diabetes gestacional é parecida a diabetes tipo 2 em várias formas. Aparece durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer depois do nascimento do bebé. Embora seja temporária, a diabetes gestacional pode trazer na mesma problemas para a saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tarde na vida.
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