"A palavra magica para quem tem medo da Diabetes (T2, ou complicações da T1) é a prevenção"

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Questionário - Diabetes

Bom dia :)

Ora, está a ser realizado um questionário para um estudo de mercado sobre a diabetes. Este questionário foi criado no âmbito de "Empreendedorismo e criação de projectos" que é uma formação da ProVi@, no IEFP/Centro de Emprego. Partilho convosco o link para esse mesmo questionário e agradecia que dispensassem cinco minutos do vosso tempo para responder.

Link: Questionário - Diabetes

Muito obrigada

Obrigada - Descoberta de insulina


A insulina para nós é como o oxigénio. Precisamos dela para viver, pois sem ela o nosso corpo não recebe os nutrientes que consumimos, e ficamos com os níveis altos. Podemos entrar em CAD (Cetoasidose Diabética). Salva-nos a vida todos os dias.

Nem sempre existia a insulina, e antes da sua descoberta a diabetes era vista como uma doença mortífera. O único tratamento que existia passava por uma dieta rigorosa para evitar com que os níveis de açúcar no sangue subissem. Nesta dieta os pacientes não podiam comer. Este tratamento era um dilema porque por um lado evitavam-se as complicações, como a coma causada por níveis altos, por outro os doentes acabavam por morrer por falta de alimentação. Crianças diagnosticadas com diabetes não passavam de um ano de vida após o diagnostico. Cinco por cento dos adultos morriam antes de passarem dois anos depois do diagnostico e muitas vezes os que sobreviviam não viviam mais de dez anos.


Crianças com diabetes antes da descoberta da insulina e uns meses depois de realizarem tratamentos com insulina.


Muitos médicos já tinham chegado à conclusão que a solução deste problema estaria no pâncreas. Em 1889 Oskar Minkowski e Josef von Mehring descobiram a insulina no pâncreas de um cachorro. A dificuldade deles era de isolar essa hormona.

Em 1921, um médico do Canadá, Frederick Banting e o seu auxiliar Charles Best decidiram repetir essa experiência, sacrificando um cão para analisar o seu pâncreas. Eles cortaram a glândula em pedaços, congelaram numa solução com sal e trituraram. O liquido foi filtrado e conseguiram um extrato cor de rosa: a insulina. Foi então testado em animais com diabetes e comprovaram a sua eficiência.

Frederick Banting e um cão


No ano seguinte, com a técnica da colheita de insulina aprimorada, a insulina passou a ser fabricada em série. Com esta descoberta o Frederick Banting recebeu um Prémio Nobel, pois livrou milhares de pessoas do sofrimento e até hoje é o método mais eficiente do controlo da diabetes.




E parabéns atrasados à insulina, fez precisamente no dia 27 deste mês 97 anos desde que foi descoberta :) Que continue a salvar as nossas vidas todos os dias


Fontes:
https://www.trumanlibrary.org/histday/insulin/diabetes-before-insulin.html
https://www.dw.com/pt-br/1921-descoberta-da-insulina/a-876464
Imagens do Google

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Questionário - Diabetes

Bom dia :)

Ora, está a ser realizado um questionário para um estudo de mercado sobre a diabetes. Este questionário foi criado no âmbito de "Empreendedorismo e criação de projectos" que é uma formação da ProVi@, no IEFP/Centro de Emprego. Partilho convosco o link para esse mesmo questionário e agradecia que dispensassem cinco minutos do vosso tempo para responder.

Link: Questionário - Diabetes

Muito obrigada

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Viajar com Diabetes



Viagens com diabetes??

Pois é, pena que a diabetes não vá viajar sozinha para outro lugar. Onde quer que vamos infelizmente temos que levar a diabetes e o nosso material connosco, e por isso se deve estar bem preparada/o para.

O que fazer para preparar uma viagem vai depender do sítio para onde se vai e da terapêutica que se está a fazer actualmente. Ao prepara a viagem, deixamos a viagem livre de problemas. Aqui vão umas dicas, pois com algumas simples precauções podemos garantir que sejamos capazes de liderar com o inesperado.

Ter diabetes não deve interferir com o nosso plano de férias, seja ele qual for. Se estiver a pensar numa aventura ou numa viagem mais tranquila, é preciso avaliar que influencia extra isso terá sobre os níveis de glicose no sangue. Deve falar com o seu profissional de saúde para o orientar melhor quanto a isso.

Existe uma série de factores sobre a diabetes que devem ser considerados quando se viaja, deve ter em conta que a diabetes não é um impedimento. Deve assim, planear com antecedência e de forma adequada.
Ter um seguro de viagem é vital. Pessoas com diabetes devem informar a companhia de seguros que têm diabetes para garantir que o pacote de seguros fornece cobertura adequada, o que deve incluir cobertura de transporte de emergência em casa e retorno de taxas de substituição de insulina ou equipamento.
Os voos de longo curso pode ser particularmente exigentes. Se viaja para fuso horários diferentes ou por muitas horas, consulte o seu profissional de saúde. Faça um horário de voo e recolha informações sobre as alterações de horário para ajudar a planear o calendário de injecções de insulina.
Se vai conduzir enquanto estiver de férias, deve garantir que a sua carta de condução é válida para o período da viagem e que está coberto pela apólice de seguro de viagem para conduzir no estrangeiro.
Utilizar insulina no estrangeiro não é nenhum problema, no entanto aqui ficam algumas dicas para durante a viagem:



  • É útil saber como armazenar e transportar a insulina para certificar-se de que está em condições adequadas para ser usada;
  • Se vai viajar de avião, é necessário uma declaração médica para poder fazer a administração durante o voo e viajar com o material na bagagem de mão;
  • Deve ter consigo a quantidade de insulina suficiente para a duração da viagem. Fique informado sobre os tipos e dosagens de insulina disponíveis no local para onde viaja. Para mais informações e aconselhamento, pergunte ao seu médico;
  • Deve armazenar a insulina num local fresco e ao abrigo da luz;
  • A insulina não pode ser congelada, por isso, no caso de deslocações aéreas, a insulina deverá ser sempre transportada na bagagem de mão;
  • Tenha em atenção que a insulina pode ser absorvida mais rapidamente em climas mais quentes;
  • Fazer a monitorização regular da glicose no sangue é importante para permitir qualquer ajuste na dose com segurança;
  • Deve trazer sempre açúcar suficiente, comida e bebida para não passar muitas horas sem comer;
  • Quanto ao material diabético (agulhas, tiras, lancetas, sensores...) deverá ser o dobro do que iria utilizar normalmente durante o mesmo período de tempo das férias, e deverá ir consigo na bagagem de mão como a insulina.
Se alguém tiver algo a acrescentar o a dizer, não se esqueçam de deixar nos comentários.

Boas férias e boas viagens :)

Fonte:www.freestylediabetes.pt

PS: Se estiverem a fazer um tratamento de insulina de 24 horas, por exemplo com a Lantus, e o fuso horário do país de destino for diferente com o nosso, convém ajustar a hora a que se administra a insulina com o fuso horário desse país. Pode se fazer desta forma: se costuma administrar as onze da noite, e lá corresponde a uma da manhã, para não passar a dar a insulina a uma da manhã pode administrar as 22:30 durante um/dois dias, depois passar mais um a dois dias a administrar as 22 hrs, e assim sucessivamente até chegar as 23 hrs do fuso horário do país de destino. Ou seja passava-se a administrar a insulina as 21hrs, que corresponde as 23 hrs do país de destino sem fazer uma alteração demasiado brusca. Na volta faz se o inverso.
Claro que nada invalida falar com o seu profissional de saúde, pois é sempre melhor informa-se.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Diabetes: alguns erros na alimentação


Não estou aqui para dizer se come bem ou se come mal, ou como as pessoas devem ou não comer, mas decidi partilhar este artigo pois eu também não sou perfeita com a minha alimentação, e acredito que com uma alimentação equilibrada se consegue um controlo da diabetes melhor e mais equilibrado. Este artigo serve simplesmente para informar e dar umas dicas.

Há muitas pessoas que acham que a alimentação seja uma das maiores dificuldades quando se tenta controlar a diabetes, sendo eu uma dessas pessoas. Muitas vezes penso "E agora o que vou comer?". As perguntas e erros mais frequentes estão relacionados com o que se pode/deve ou não comer.

O plano de alimentação de uma pessoa com diabetes baseia-se na manutenção de uma dieta equilibrada e saudável, tal como as outras pessoas no mundo que não têm diabetes. Se não fizermos isto podemos cair num dos principais erros, de pensar que as pessoas com diabetes têm que comer coisas diferentes das pessoas sem diabetes. Temos-nos centrado em restringir alimentos em vez de fortalecer hábitos alimentares saudáveis.

Outro erro que algumas pessoas fazem é o de reduzir drasticamente a ingestão de alimentos que contenham hidratos de carbono como o pão, os receias, o arroz, as massas, entre outros. Não sei se acontece convosco, mas a mim já me perguntaram muitas vezes, "Então e o que costuma comer? Não pode comer pão, batatas, arroz, ... ". Eu não percebo muito sobre a diabetes tipo 2 mas pelo que percebi as pessoas com diabetes tipo 2 seguem uma dieta mais rigorosa do que os diabéticos tipo 1 para controlar a os níveis de açúcar no sangue, pois não precisam (em geral) de utilizar insulina. (Se estiver mal corrijam-me por favor).

Já ouvi falar também numa dieta cetogénica, e já vi nas redes sociais pessoas com diabetes a seguir esta dieta. Não sei se seguem à letra ou se ainda consomem alguns hidratos de carbono. Na minha opinião não é uma boa ideia pois essa dieta consiste em cortar os hidratos de carbono, e o nosso corpo precisa da energia que vem dos hidratos carbono. Tudo bem, uma pessoa emagrece ou poderá conseguir controlar os níveis, mas penso que será perigoso pois está se a fazer com que o corpo passe "fome" e acabe por buscar energia a outro sítio, e isto acaba por causar a cetoacidóse, que é fatal nas pessoas com diabetes.

Há muitas pessoas com diabetes que identificam os elementos com hidratos de carbono como maus, e eliminam-nos da sua dieta. Como já foi dito, estes alimentos são uma fonte importante de energia para o nosso organismo e devem fazer parte de um plano de alimentação saudável. Quando se controla os níveis de açúcar no sangue, pode-se reduzir um pouco a quantidade mas não suprimi-las completamente.

Ao contrário a isto, há pessoas que acreditam que, como é uma alimentação saudável, que se pode comer tudo que se quer. Existem alimentos saudáveis como as frutas, que contem fibras, vitaminas e minerais, que podemos comer, mas devemos ter em conta a quantidade de hidratos de carbono que contêm, por que há frutas com muitos hidratos como figos, uvas, entre outros.

É necessário ter uma série de conhecimentos básicos que ajudem na tomada de decisões para um bom controlo da diabetes. Quando os hidratos de carbono são digeridos, são convertidos em glicose e os nossos níveis de glicémia aumentam por isso é importante saber o que são os hidratos de carbono e como distinguir os alimentos que os contêm e quantos têm para ajudar a controlar a diabetes.



A rotulagem dos alimentos é também uma fonte comum de erros, e é importante saber ler e interpretar a informação nutricional. Eu já partilhei a tempos um artigo sobre a leitura de rótulos, e aqui partilho o link para o mesmo:
  • ALIMENTOS SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR NÃO SIGNIFICA ALIMENTOS SEM AÇÚCAR. Se falarmos de alimentos sem adição de açúcar, queremos dizer que nenhuma quantidade de açúcar foi adicionada além daquela que contem o alimento natural.
  • QUANDO APARECE "SEM AÇÚCAR NO RÓTULO DO ALIMENTO NÃO SIGNIFICA QUE NÃO TEM HIDRATOS DE CARBONO. No rótulo nutricional que devem trazer os alimentos comercializados é importante olhar para o total de hidratos de carbono que contém o produto, para saber o efeito que pode ter sobre os níveis de glicose no sangue.
Os conhecimentos sobre a alimentação ajudam a tomar decisões e minimizar os erros relacionados com o consumo de alimentos. Eu, por exemplo, bebia muito uma bebida de frutas light, e não administrava insulina por ela. Deparava-me com valores inexplicavelmente elevados. Pensava que por ser "light" que significava que não tinha açucar e que podia beber o quanto quisesse desse sumo. Decidi verificar o rótulo e afinal tinha 4,2g de hidratos de carbono por cada 100ml de sumo, o que para mim equivale a quase uma unidade de insulina. Ora eu não fico satisfeita só com 100ml de sumo, então bebia hidratos sem dar conta e sem dar insulina. Aí está a explicação pelos valores inexplicavelmente elevados. xD


Fontes:
Freestyle Diabetes, Atualidade: diabetes - erros na alimentação
Facebook Freestyle Portugal

Efeitos secundários da dieta cetogénica

sexta-feira, 29 de junho de 2018

....porque a diabetes não tem idade....

O tratamento com bomba não tem idade!
Esse eh o Kelvin, não dá vontade de morder? 😍

Não existe idade para o melhor tratamento...
Kelvin diagnóstico com 7 dias de vida.

#Repost @picotinhos_diabetes
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Fonte facebook


quinta-feira, 28 de junho de 2018

HbA1c (Hemoglobina Glicosilada)

HbA1c, ou Hemoglobina Glicosilada é um nome ligado a diabetes que todos os diabéticos deviam de conhecer, e todos diabéticos deviam ter como objetivo manter o seu nível de HbA1c abaixo dos 6 / 7 valores. Mas então o que é o HbA1c?




Para quem não sabe, o HbA1c é o nome do teste utilizado para medir a média da glicémia durante um período de tempo mais prolongado. O seu nome provém de um subgrupo de hemoglobina, o pigmento vermelho nas células do sangue; as moléculas de glicose ligam-se às moléculas de hemoglobina nos glóbulos vermelhos. O teste do HbA1c baseia-se no facto dos glóbulos vermelhos viverem aproximadamente 120 dias. São produzidos na medula óssea e são habitualmente destruídos e reciclados no baço. Durante o tempo de vida dos glóbulos vermelhos, a glicose liga-se à hemoglobina de acordo com o nível de glicémia.

A HbA1c é a percentagem da hemoglobina dos glóbulos vermelhos que tem glicose ligada a si. Este reflecte o valor médio da glicémia durante os últimos 2-3 meses. A glicémia da semana anterior ao teste não é incluída na leitura, já que esta fracção de HbA1c não é estável. Se a HbA1c for monitorizada a intervalos regulares os resultados mostrarão um bom resumo de como o seu controlo tem sido durante o ano.

É possível obter uma medição aceitável de HbA1c com uma combinação de valores elevados e baixos da glicémia, mas isto é considerado um valor "falso" pois é a média dos valores todos. O mais indicado é tentar um valor "verdadeiro" que acontece quando uma pessoa tem os valores de açúcar no sangue bons, relativamente estáveis e com poucas hipoglicémias. É frequente uma pessoa se sentir melhor quando a glicémia é estável. No entanto, não há dados científicos que provem que se tem mais complicações da diabetes se a glicémia for instável do que se as medições da glicémia forem sempre iguais, assumindo que a HbA1c também não se altera.



Eu sei que não é nada fácil ter vales estáveis ou bons, ou uma HbA1c perfeita. Eu própria fico frustrada quando não consigo controlar os meus níveis, e quando fico assim é pior porque quando estou com stress ele sobem ainda mais e torna-se um ciclo vicioso, mas posso dizer que estou contente com o meu valor de HbA1c de 7,4, sem hipos, e devo isso ao meu cão e ao meu Freestyle Libre. Aconselho vivamente a quem não tem ainda o Freestyle Libre a utilizar um. Não sei como são outros aparelhos de medição continua ou medição flash, mas sei que foi uma das melhores coisas que aconteceram a minha diabetes. Outra das melhores coisas foi o meu cão, pois obriga-me a fazer diversas caminhadas por dia, e o exercício físico ajuda muito a controlar a diabetes.

(HANAS, Dr. Ragar; "Diabetes Tipo 1 em crianças, adolescentes e jovens."; 3ª ed; Lisboa: LIDEL, 2007)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Diabetes numa criança, e a escola.



Quando se tem diabetes, e se volta para a escola ou para o trabalho depois do diagnóstico, ou quando se começa numa escola nova, ou um emprego novo, é fundamental contar aos amigos e colegas sobre o seu problema. Não é fácil para muita gente contar logo, porque não querem falar sobre a doença ou não têm coragem para falar. Mas é conveniente dizer-lhes logo do que estar a preocupar sobre quem sabe ou não. Se for possível, é uma boa ideia um enfermeiro especialista na diabetes, ir a escola e falar com a turma sobre diabetes, na presença dos professores, incluindo os de educação física.

É fundamental que todos saibam pois se acontecer alguma coisa assim as pessoas já sabem como agir e o que fazer.
Posso partilhar um caso que aconteceu com uma menina de 16 anos. A história é verdadeira, mas os nomes fictícios.

"Uma manhã de segunda feira eu tinha acabado de acordar e antes de abrir os meus olhos eu estava a pensar na roupa que iria vestir nesse dia. Abro os olhos e a primeira coisa que vi foi o teto que era diferente do teto do meu quarto. Ouço uma pessoa a falar em espanhol, e a segunda coisa que me veio a cabeça foi "Não acredito!! Raptaram-me durante a noite e levaram-me para Espanha!!!!!"

A senhora deu conta que eu tinha acordado e perguntou-me o meu nome. Eu não respondi porque ainda estava a pensar no que é que eu estava ali a fazer e como vim ali parar. Ela depois perguntou se eu sabia qual a insulina que estava a tomar, e eu respondi "Ana Maria Sousa Martins".

Tinha tido uma quebra de açúcar muito grave, e fui para ao centro de saúde. Depois levaram-me para o hospital, e lá passei o resto da minha tarde.

Depois de recuperar, ao regressar para a escola, perguntei as minhas colegas o que tinha acontecido. Não me lembro de nada, só me lembro de acordar no centro de saúde a pensar que ia acordar em casa.

Elas pediram-me logo desculpa pois não tinham noção de que estava a ter uma quebra de açúcar. Na rotina de manhã, depois de entrar na escola e antes de ir para as aulas encontrávamos nos sempre todas na biblioteca, e eu deitava sempre a minha cabeça nos livros, como fiz nesse dia. Achavam que eu estava normal. Depois quando chegou a hora de entrar para a sala de aula chamaram-me para ir embora. Deixando as coisas na mesa levantei me e para sair da biblioteca e chamaram me atenção para buscar os meus livros. Voltei para trás e peguei nas minhas coisas.

Na sala de aula continuei a por a minha cabeça nos livros, e as minhas colegas tentaram chamar me atenção para estar atenta à aula. A professora deu conta e perguntou o que se passava. Elas disseram que eu estava a dormir, e supostamente toda gente começou se a rir. Não acredito que tivessem estado a rir por muito tempo pois a professora veio ter comigo para ver se eu estava bem. Disseram me que os meus olhos já não tinham vida e que eu estava pálida. Parecia uma zombie.

Não sei o que aconteceu a seguir, devem de ter chamado uma funcionária ou assim. O meu primo tinha me dito que o chamaram e disse me que tentaram dar me açúcar mas eu deitava o fora e fazia um sinal de não com a cabeça.

O que aconteceu a seguir chocou me muito mesmo. A minha sorte é que eu estava a fazer um tratamento diferente e não precisava da insulina a hora de almoço nem da parte da manhã, então não tinha a insulina comigo. A minha directora de turma deu me um raspanete daqueles valentes, porque não tinha insulina comigo, e se tivesse podia ter evitado ir ao centro de saúde. Eu fiquei tipo huh???? Se me dessem insulina correria tudo mal!!! Podia não estar cá!!! E depois quanta é que iriam dar??? O cartucho todo?????

Como é óbvio falei com a minha mãe e claro que ela foi a escola. Levou exactamente o mesmo raspanete, e tivemos que explicar o que era a insulina e para que servia, e o que poderia ter acontecido se me a tivessem dado. A directora de turma estava convencida que quando um diabético tem uma hipoglicemia tem que tomar a insulina, porque naquela altura, numa novela da televisão havia uma rapariga que tomava insulina cada vez que tinha os níveis baixos. Esta informação está completamente errada e podia ter acabado com a minha vida."

terça-feira, 5 de junho de 2018

Cebolas curam gripes?

No outro dia, enquanto sentada numa sala de espera para ver um medico, ouvi duas senhoras a falarem sobre um remédio caseiro aparentemente muito bom. Falaram de um chá de cebola que se faz com as cascas e cura sintomas de gripe. Já tinha ouvido falar varias vezes desse chá mas nunca o experimentei. Uma das senhoras falou de um caso muito curioso que eu desconhecia e que me pôs a pensar e a pesquisar mais sobre as cebolas.

A senhora contou que os habitantes de uma terra ficavam doentes com um vírus que lá havia, menos os moradores de uma casa. Os médicos estranharam o facto de todos apanharem a doença menos essas pessoas e foram lá para perguntar porquê. Eles disseram que punham sempre uma cebola cortada em todas as divisões da casa pois acreditavam que assim não ficavam doentes e resultou. Os médicos decidiram então estudar essas cebolas e nelas encontraram os micróbios,  germes e vírus das doenças que os moradores dessa casa não apanhavam.

A minha pergunta passou a ser esta: "será que as cebolas ajudam mesmo a combater a gripe e outras doenças?"

Acredita-se que as cebolas ajudam a combater e prevenir a gripe já desde a antiguidade. Os chineses e os gregos antigos utilizavam as cebolas nos seus remédios e tratamentos medicinais. Até a organização mundial da saúde reconhece que a cebola tem uma habilidade de aliviar sintomas de gripe incluindo tosse, congestão, infecções respiratórias e bronquites.

Alguns recomendam colocar cebolas cortadas na mesinha de cabeceira à noite ou até em cada divisão da casa para ajudar a prevenir a gripe. Consta que a cebola crua vai absorver os germes e os vírus do ar impedindo a entrada destes para o corpo humano.

As cebolas são conhecidas pelas suas propriedades anti-inflamatórias e anti-virais. Elas são ricas em componentes sulfuricos tais como tiosulfinatos, sulfóxidos, e outros sulfóxidos de cisteína. Estas componentes são responsáveis pelo sabor da cebola e são o que causa as lágrimas nos olhos enquanto se corta a cebola.

Pesquisas mostram que tiosulfinatos nas cebolas tem propriedades antimicrobiais.
Cebolas também são ricas em antioxidante quercetina que ajuda o corpo a combater radicais livres e aumenta a resposta imunitária de um sujeito. Reduzem também probabilidades de ter doenças cardiovasculares.

Sopa de cebola:
3 cebolas grandes
3 dentes de alho
1/4 de um copo de oregãos frescos picados
4 copos de água destilada
Sal que baste
Preparação:
Pique as cebolas e os alhos.
Leve a água a fervedura.
Adicione as cebolas os alhos e os oregãos.
Deixe ferver durante 15 minutos ou até que a cebola comece a ficar translucida.
Beba a sopa quente.

Mal não há e fazer ;)

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Oi

Ola pessoal

Há muito muito tempo que não publico nada mesmo. Tenho andado bastante afastada do meu blog. Vou tentar vir cá mais vezes e publicar coisas com mais frequência.

Desde já queria agradecer as pessoas que contribuíram para a comparticipação dos sensores da FREESTYLE LIBRE. A quem assinou a petição um muito muito muito obrigada. Foram comparticipados do dia 14 de Novembro do ano passado e começaram a ser vendidos nas farmácias a partir de Fevereiro/Março deste ano, a um preço muito muito acessível.

A quem os utiliza espero que se tenham rendido a eles como eu, e que se deem bem com eles. É muito melhor do que andar sempre a picar o dedo todos os dias, sem dúvida. Dizem que a diabetes não tem férias, mas com os sensores os meus dedos podem dizer que definitivamente estão de férias. Tudo bem que quando tenho uma hipo ou uma hiper tenho que picar na mesma o dedo para confirmar o valor, mas fico mesmo "LIBRE" de picar os dedos a toda hora.

Com a utilização do LIBRE uma pessoa tem que fazer um tratamento um bocadinho diferente, pois ao passar o leitor pelo sensor aparece uma seta que nos da a previsão dos valores na próxima hora. Eu no início não sabia que funcionava assim, e fazia o tratamento da minha diabetes da mesma forma como se tivesse medido a glicose do sangue com a picada no dedo. Deparei me com os meus níveis a umas alturas inexplicáveis, a mais de 300 mg/dl, mesmo com as correções e as contagens de HC "corretas". Estava a fazer tudo mal, pois não tinha a noção de como funcionava o LIBRE, e da importância da setinha que aparece ao lado do valor.

Uma grande diferença com a medição do sensor e a medição da picada no dedo é que o sensor mede os níveis de glicemia no liquido intersticial (um liquido que fica entre as células do corpo, e que se encontra nas camadas superficiais da pele), enquanto a picada no dedo mede os níveis de glicemia diretamente no sangue.

O sensor guarda os valores durante 8 horas seguidas, por isso uma pessoa na realidade só esta obrigada a passar o leitor pelo sensor no mínimo três vezes ao dia, mas é claro que convêm passar mais vezes para confirmar como estão os valores antes de conduzir, fazer exercício, comer, e para fazer as devidas correções.

Eu acho que o LIBRE foi uma inovação altamente que veio melhorar o nosso bem estar e a nossa qualidade de vida. Não saio de casa sem ele e anda sempre no meu bolso. Posso até dizer que dou mais importância ao meu LIBRE do que ao meu próprio telemóvel.

A quem não utiliza aconselho vivamente a utilizar, pois de certeza que não se vão arrepender!!!!


Já agora, FELIZ DIA DA CRIANÇA pessoal =P =D xD ;D