"A palavra magica para quem tem medo da Diabetes (T2, ou complicações da T1) é a prevenção"

sexta-feira, 29 de junho de 2018

....porque a diabetes não tem idade....

O tratamento com bomba não tem idade!
Esse eh o Kelvin, não dá vontade de morder? 😍

Não existe idade para o melhor tratamento...
Kelvin diagnóstico com 7 dias de vida.

#Repost @picotinhos_diabetes
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Fonte facebook


quinta-feira, 28 de junho de 2018

HbA1c (Hemoglobina Glicosilada)

HbA1c, ou Hemoglobina Glicosilada é um nome ligado a diabetes que todos os diabéticos deviam de conhecer, e todos diabéticos deviam ter como objetivo manter o seu nível de HbA1c abaixo dos 6 / 7 valores. Mas então o que é o HbA1c?




Para quem não sabe, o HbA1c é o nome do teste utilizado para medir a média da glicémia durante um período de tempo mais prolongado. O seu nome provém de um subgrupo de hemoglobina, o pigmento vermelho nas células do sangue; as moléculas de glicose ligam-se às moléculas de hemoglobina nos glóbulos vermelhos. O teste do HbA1c baseia-se no facto dos glóbulos vermelhos viverem aproximadamente 120 dias. São produzidos na medula óssea e são habitualmente destruídos e reciclados no baço. Durante o tempo de vida dos glóbulos vermelhos, a glicose liga-se à hemoglobina de acordo com o nível de glicémia.

A HbA1c é a percentagem da hemoglobina dos glóbulos vermelhos que tem glicose ligada a si. Este reflecte o valor médio da glicémia durante os últimos 2-3 meses. A glicémia da semana anterior ao teste não é incluída na leitura, já que esta fracção de HbA1c não é estável. Se a HbA1c for monitorizada a intervalos regulares os resultados mostrarão um bom resumo de como o seu controlo tem sido durante o ano.

É possível obter uma medição aceitável de HbA1c com uma combinação de valores elevados e baixos da glicémia, mas isto é considerado um valor "falso" pois é a média dos valores todos. O mais indicado é tentar um valor "verdadeiro" que acontece quando uma pessoa tem os valores de açúcar no sangue bons, relativamente estáveis e com poucas hipoglicémias. É frequente uma pessoa se sentir melhor quando a glicémia é estável. No entanto, não há dados científicos que provem que se tem mais complicações da diabetes se a glicémia for instável do que se as medições da glicémia forem sempre iguais, assumindo que a HbA1c também não se altera.



Eu sei que não é nada fácil ter vales estáveis ou bons, ou uma HbA1c perfeita. Eu própria fico frustrada quando não consigo controlar os meus níveis, e quando fico assim é pior porque quando estou com stress ele sobem ainda mais e torna-se um ciclo vicioso, mas posso dizer que estou contente com o meu valor de HbA1c de 7,4, sem hipos, e devo isso ao meu cão e ao meu Freestyle Libre. Aconselho vivamente a quem não tem ainda o Freestyle Libre a utilizar um. Não sei como são outros aparelhos de medição continua ou medição flash, mas sei que foi uma das melhores coisas que aconteceram a minha diabetes. Outra das melhores coisas foi o meu cão, pois obriga-me a fazer diversas caminhadas por dia, e o exercício físico ajuda muito a controlar a diabetes.

(HANAS, Dr. Ragar; "Diabetes Tipo 1 em crianças, adolescentes e jovens."; 3ª ed; Lisboa: LIDEL, 2007)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Diabetes numa criança, e a escola.



Quando se tem diabetes, e se volta para a escola ou para o trabalho depois do diagnóstico, ou quando se começa numa escola nova, ou um emprego novo, é fundamental contar aos amigos e colegas sobre o seu problema. Não é fácil para muita gente contar logo, porque não querem falar sobre a doença ou não têm coragem para falar. Mas é conveniente dizer-lhes logo do que estar a preocupar sobre quem sabe ou não. Se for possível, é uma boa ideia um enfermeiro especialista na diabetes, ir a escola e falar com a turma sobre diabetes, na presença dos professores, incluindo os de educação física.

É fundamental que todos saibam pois se acontecer alguma coisa assim as pessoas já sabem como agir e o que fazer.
Posso partilhar um caso que aconteceu com uma menina de 16 anos. A história é verdadeira, mas os nomes fictícios.

"Uma manhã de segunda feira eu tinha acabado de acordar e antes de abrir os meus olhos eu estava a pensar na roupa que iria vestir nesse dia. Abro os olhos e a primeira coisa que vi foi o teto que era diferente do teto do meu quarto. Ouço uma pessoa a falar em espanhol, e a segunda coisa que me veio a cabeça foi "Não acredito!! Raptaram-me durante a noite e levaram-me para Espanha!!!!!"

A senhora deu conta que eu tinha acordado e perguntou-me o meu nome. Eu não respondi porque ainda estava a pensar no que é que eu estava ali a fazer e como vim ali parar. Ela depois perguntou se eu sabia qual a insulina que estava a tomar, e eu respondi "Ana Maria Sousa Martins".

Tinha tido uma quebra de açúcar muito grave, e fui para ao centro de saúde. Depois levaram-me para o hospital, e lá passei o resto da minha tarde.

Depois de recuperar, ao regressar para a escola, perguntei as minhas colegas o que tinha acontecido. Não me lembro de nada, só me lembro de acordar no centro de saúde a pensar que ia acordar em casa.

Elas pediram-me logo desculpa pois não tinham noção de que estava a ter uma quebra de açúcar. Na rotina de manhã, depois de entrar na escola e antes de ir para as aulas encontrávamos nos sempre todas na biblioteca, e eu deitava sempre a minha cabeça nos livros, como fiz nesse dia. Achavam que eu estava normal. Depois quando chegou a hora de entrar para a sala de aula chamaram-me para ir embora. Deixando as coisas na mesa levantei me e para sair da biblioteca e chamaram me atenção para buscar os meus livros. Voltei para trás e peguei nas minhas coisas.

Na sala de aula continuei a por a minha cabeça nos livros, e as minhas colegas tentaram chamar me atenção para estar atenta à aula. A professora deu conta e perguntou o que se passava. Elas disseram que eu estava a dormir, e supostamente toda gente começou se a rir. Não acredito que tivessem estado a rir por muito tempo pois a professora veio ter comigo para ver se eu estava bem. Disseram me que os meus olhos já não tinham vida e que eu estava pálida. Parecia uma zombie.

Não sei o que aconteceu a seguir, devem de ter chamado uma funcionária ou assim. O meu primo tinha me dito que o chamaram e disse me que tentaram dar me açúcar mas eu deitava o fora e fazia um sinal de não com a cabeça.

O que aconteceu a seguir chocou me muito mesmo. A minha sorte é que eu estava a fazer um tratamento diferente e não precisava da insulina a hora de almoço nem da parte da manhã, então não tinha a insulina comigo. A minha directora de turma deu me um raspanete daqueles valentes, porque não tinha insulina comigo, e se tivesse podia ter evitado ir ao centro de saúde. Eu fiquei tipo huh???? Se me dessem insulina correria tudo mal!!! Podia não estar cá!!! E depois quanta é que iriam dar??? O cartucho todo?????

Como é óbvio falei com a minha mãe e claro que ela foi a escola. Levou exactamente o mesmo raspanete, e tivemos que explicar o que era a insulina e para que servia, e o que poderia ter acontecido se me a tivessem dado. A directora de turma estava convencida que quando um diabético tem uma hipoglicemia tem que tomar a insulina, porque naquela altura, numa novela da televisão havia uma rapariga que tomava insulina cada vez que tinha os níveis baixos. Esta informação está completamente errada e podia ter acabado com a minha vida."

terça-feira, 5 de junho de 2018

Cebolas curam gripes?

No outro dia, enquanto sentada numa sala de espera para ver um medico, ouvi duas senhoras a falarem sobre um remédio caseiro aparentemente muito bom. Falaram de um chá de cebola que se faz com as cascas e cura sintomas de gripe. Já tinha ouvido falar varias vezes desse chá mas nunca o experimentei. Uma das senhoras falou de um caso muito curioso que eu desconhecia e que me pôs a pensar e a pesquisar mais sobre as cebolas.

A senhora contou que os habitantes de uma terra ficavam doentes com um vírus que lá havia, menos os moradores de uma casa. Os médicos estranharam o facto de todos apanharem a doença menos essas pessoas e foram lá para perguntar porquê. Eles disseram que punham sempre uma cebola cortada em todas as divisões da casa pois acreditavam que assim não ficavam doentes e resultou. Os médicos decidiram então estudar essas cebolas e nelas encontraram os micróbios,  germes e vírus das doenças que os moradores dessa casa não apanhavam.

A minha pergunta passou a ser esta: "será que as cebolas ajudam mesmo a combater a gripe e outras doenças?"

Acredita-se que as cebolas ajudam a combater e prevenir a gripe já desde a antiguidade. Os chineses e os gregos antigos utilizavam as cebolas nos seus remédios e tratamentos medicinais. Até a organização mundial da saúde reconhece que a cebola tem uma habilidade de aliviar sintomas de gripe incluindo tosse, congestão, infecções respiratórias e bronquites.

Alguns recomendam colocar cebolas cortadas na mesinha de cabeceira à noite ou até em cada divisão da casa para ajudar a prevenir a gripe. Consta que a cebola crua vai absorver os germes e os vírus do ar impedindo a entrada destes para o corpo humano.

As cebolas são conhecidas pelas suas propriedades anti-inflamatórias e anti-virais. Elas são ricas em componentes sulfuricos tais como tiosulfinatos, sulfóxidos, e outros sulfóxidos de cisteína. Estas componentes são responsáveis pelo sabor da cebola e são o que causa as lágrimas nos olhos enquanto se corta a cebola.

Pesquisas mostram que tiosulfinatos nas cebolas tem propriedades antimicrobiais.
Cebolas também são ricas em antioxidante quercetina que ajuda o corpo a combater radicais livres e aumenta a resposta imunitária de um sujeito. Reduzem também probabilidades de ter doenças cardiovasculares.

Sopa de cebola:
3 cebolas grandes
3 dentes de alho
1/4 de um copo de oregãos frescos picados
4 copos de água destilada
Sal que baste
Preparação:
Pique as cebolas e os alhos.
Leve a água a fervedura.
Adicione as cebolas os alhos e os oregãos.
Deixe ferver durante 15 minutos ou até que a cebola comece a ficar translucida.
Beba a sopa quente.

Mal não há e fazer ;)

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Oi

Ola pessoal

Há muito muito tempo que não publico nada mesmo. Tenho andado bastante afastada do meu blog. Vou tentar vir cá mais vezes e publicar coisas com mais frequência.

Desde já queria agradecer as pessoas que contribuíram para a comparticipação dos sensores da FREESTYLE LIBRE. A quem assinou a petição um muito muito muito obrigada. Foram comparticipados do dia 14 de Novembro do ano passado e começaram a ser vendidos nas farmácias a partir de Fevereiro/Março deste ano, a um preço muito muito acessível.

A quem os utiliza espero que se tenham rendido a eles como eu, e que se deem bem com eles. É muito melhor do que andar sempre a picar o dedo todos os dias, sem dúvida. Dizem que a diabetes não tem férias, mas com os sensores os meus dedos podem dizer que definitivamente estão de férias. Tudo bem que quando tenho uma hipo ou uma hiper tenho que picar na mesma o dedo para confirmar o valor, mas fico mesmo "LIBRE" de picar os dedos a toda hora.

Com a utilização do LIBRE uma pessoa tem que fazer um tratamento um bocadinho diferente, pois ao passar o leitor pelo sensor aparece uma seta que nos da a previsão dos valores na próxima hora. Eu no início não sabia que funcionava assim, e fazia o tratamento da minha diabetes da mesma forma como se tivesse medido a glicose do sangue com a picada no dedo. Deparei me com os meus níveis a umas alturas inexplicáveis, a mais de 300 mg/dl, mesmo com as correções e as contagens de HC "corretas". Estava a fazer tudo mal, pois não tinha a noção de como funcionava o LIBRE, e da importância da setinha que aparece ao lado do valor.

Uma grande diferença com a medição do sensor e a medição da picada no dedo é que o sensor mede os níveis de glicemia no liquido intersticial (um liquido que fica entre as células do corpo, e que se encontra nas camadas superficiais da pele), enquanto a picada no dedo mede os níveis de glicemia diretamente no sangue.

O sensor guarda os valores durante 8 horas seguidas, por isso uma pessoa na realidade só esta obrigada a passar o leitor pelo sensor no mínimo três vezes ao dia, mas é claro que convêm passar mais vezes para confirmar como estão os valores antes de conduzir, fazer exercício, comer, e para fazer as devidas correções.

Eu acho que o LIBRE foi uma inovação altamente que veio melhorar o nosso bem estar e a nossa qualidade de vida. Não saio de casa sem ele e anda sempre no meu bolso. Posso até dizer que dou mais importância ao meu LIBRE do que ao meu próprio telemóvel.

A quem não utiliza aconselho vivamente a utilizar, pois de certeza que não se vão arrepender!!!!


Já agora, FELIZ DIA DA CRIANÇA pessoal =P =D xD ;D